Capitulo
5:
Não
é Exatamente um Passeio no Parque
O
corpo de Flum foi cortado em pedaços, extremidades e pedaços do seu corpo
voaram em todas as direções.
Milkit
gritou ao ver isso. “Ama?!”
Era
a primeira vez que a garota tranquila e serena mostrava tanta emoção. Braços,
pernas, cabeça, torço... O corpo de Flum se dividiu em seus peças diferentes
que se espatifaram no chão com um golpe úmido. O sangue espesso que emanava das
suas feridas foi sugado com avidez pela terra húmida debaixo dela.
“Aaaaaaaaaah!!!”
Milkit
permaneceu paralisada. O impacto de ver Flum morrer tão facilmente diante dos
seus olhos era demais para suportar.
O
anzu bufou alto, como se estivesse satisfeito com seu trabalho, antes de virar
seus olhos negros para o único sobrevivente. Sua boca se curvou em um sorriso
sinistro enquanto espiava sua presa, com as presas exposta ainda encharcados de
sangue dos lobisomens caídos.
Parecia
dizer para Milkit que aqui era aonde ia morrer.
Ela
não se importava particularmente com a morte, seja a de outro ou a sua própria.
Afinal, sua vida não tinha nenhum valor real. A fera sentada no outro lado da
clareira diante dela tinha ao menos quatro metros de altura e ostentava garras
que pareciam poder rasgar qualquer armadura, presas enormes e uma poderosa
magia. Qualquer ataque que fizesse resultaria fatal para Milkit, então não
tinha sentido nem sequer se incomodar em lutar.
Não
foi nem a vontade de viver que gritou para ela correr, só o desejo de sair
desse lugar. Milkit desejou que seu corpo se movesse, mas foi em vão.
“Groooooooooar!!”
O anzu deixou escapar um poderoso rugido e lançou diretamente até sua presa. O
chão tremeu quando cada pata atingiu com uma força imensa. Tudo o que Milkit
pôde fazer diante a monstruosidade que pairava sobre ela foi colocar seus
braços em frente a cabeça e se agachar.
THWUMP!
Errou
por um triz quando passou correndo. Podia sentir sua pele roçar seus braças. O
chão gemeu diante o imenso peso da fera quando aterrissou e parou com um
chiado.
Agora
o coração de Milkit estava acelerado, e seus ouvidos zumbiam. Ela começou a
hiperventilar com o impacto de tudo. Ainda estava aterrorizada, mas seu corpo
parecia responder de novo. As probabilidades de que pudesse escapar eram
minúsculas no melhor dos casos, mas era melhor do que nada. Ao menos tinha que
tentar.
Tropeçou
com o chão húmido da floresta, lutando para não cair enquanto corria tão rápido
como podia. Quase sem pratica em correr largas distâncias, lutou para manter
seus movimentos e respiração sob controle, com o resultado final de que ela se
moveu um pouco mais do que um trote rápido.
O
anzu pareceu se dar conta disso, percebendo que ela não representava nenhuma
ameaça. Não, era um lanche... ou possivelmente, um brinquedo. Mais uma vez um
sorriso sinistro apareceu nos seus lábios. No lugar de ataca-la diretamente,
começou a se aproximar lentamente a ela.
Milkit
caiu no chão com um grito e começou a engatinhar. O anzu estendeu sua garra,
deslizando perto o suficiente para rasgar sua roupa. A jovem escrava deixou
escapar um grito ensurdecedor. Todo seu corpo tremia de terror.
Como
um valentão que tortura as formigas, o anzu parecia disfrutar muito do seu
medo. Se fosse humano, é quase certo que agora mesmo estaria rindo.
Infelizmente,
para começar, Milkit tinha muita pouca resistência, e era só questão de tempo
até que o esforço a cansasse completamente. O anzu olhou para ela, cada vez
mais entediado enquanto a força era drenada do corpo de Milkit. Já era hora de
passar de brinquedo a almoço.
Se
preparou para se lançar adiante.
“Olha,
isso dói.”
Alguém
agarrou a cauda do anzu.
“Sério,
isso realmente dói muito. Mas suponho que deveria estar assombrada pelo poder
do equipamento Épico. Com minha cabeça e coração ainda intactos, eu estava de
volta ao normal em apenas questão de tempo.”
A
cauda do anzu era incrivelmente sensível. A criatura mostrou suas presas, mas
antes que pudesse girar para enfrentar quem a segurava, esse atuou primeiro.
“E
agora o que esta fazendo, brincando com uma garota fraca?”
Flum
baixou sua espada com um movimento rápido, cortando limpamente a cauda do alzu
do seu corpo.
“Grooooooooaaaar!!!!”
A besta avançou enquanto a agonia se estendia pelo seu traseiro. Aterrissou com
um estrondo e caiu para o lado, chutando pateticamente o ar com as pernas.
Flum
estava instava instantaneamente ao seu lado, sua espada levantada no ar. Seus
ombros ainda não estavam completamente curados, o sangue bombeava das feridas
abertas onde seus braços estavam soltos, agora conectados ao seu corpo. Seu
rosto se contraiu de dor quando soltou um suspiro profundo e mordeu o lábio com
força, fazendo que a espada caísse sobre as patas traseiras do anzu.
“Gyaaaaaaugh!”
A lâmina fez um corto de cor vermelho escuro e envio sangue disparado pelo ar.
O anzu gritou e chutou furiosamente, derrubando arvores próximas no processo.
“Viu,
dói, não? Mas isso é só uma amostra do que você fez comigo. Lembra, você me
cortou em cubos, e nem sequer estou completamente curada. E ainda dói muito,
droga!”
Flum
sabia que as palavras provavelmente não tinham nenhum significado para o anzu,
mas não conseguiu evitar desabafar sua frustração. Quando a magia a cortou em
pedaços, Flum tinha certeza de que estava morta. Podia sentir a consciência se
dissipando e o mundo esfriando a medida que seu sangue era drenado. Ela estava
resignada com sua própria morte. Agora, se Milkit era quem ia morrer...
No
entanto, para sua surpresa, seu sangue deixou de fluir e sentiu uma conexão
magica entre as partes cortadas do seu corpo. Uma força invisível começou a
uni-las e, antes que ela percebesse, as feridas começaram a sarar.
Levou
muito mais tempo do que o necessário para restaurar as partes de seu corpo que
haviam sido comidas pelos ghouls, mas, a pesar de tudo, ainda estava viva.
Exceto por um ferimento fatal na cabeça ou no coração, Flum pensou que não
podiam a matar. Ao menos não perdendo a cabeça e as extremidades.
“Grrrrr...
graaaaaaaooooll”
O
anzu se levantou lentamente e se virou para Flum. Se moveu muito mais
cautelosamente do que antes, e o sague encharcou o pelo dele da ferida aberta
na sua perna. Mesmo para um monstro do seu tamanho, isso era uma lesão critica.
Atrás
do anzu, Milkit levou as mãos ao peito, a sensação de alivio era evidente no
seu rosto. “Estou tão feliz de que você esteja a salvo, Ama.”
“Saia
daqui, Milkit!”
“Entendido.
Por favor, não faça nada muito precipitado, Ama.”
Com
isso, Milkit correu na direção de onde vieram. Isso resolveu uma das
preocupações de Flum. Agora, podia se concentrar na batalha que tinha em mãos.
Ela
riu sombriamente e murmurou para si mesma. “Não fazer nada precipitado não é
realmente uma opção. Não contra isso.”
O
anzu não prestou atenção na escrava que fugia, sua atenção agora estava
completamente focada em Flum. Avaliou a situação.
“Com
sua perna fora de serviço, a velocidade está do meu lado. Provavelmente posso
esquivar das suas garras e presas, então enquanto eu esteja atenta a seus
ataques mágicos... posso ter uma oportunidade.”
Pensou
que precisaria de tempo para reunir suficiente vento para outro ataque magico
de larga distância como o que usou antes para corta-la. Se ela tinha isso em
mente e mantivesse seus movimentos imprevisíveis, então não deveria conseguir
aterrissar outro golpe direto sobre ela.
Flum
se aproximou lentamente para a direita do seu oponente, sendo consciente de
manter a distância. O anzu igualou seu ritmo, ajustando lentamente seu corpo
para ficar na frente dela, embora sua força estivesse esgotando quanto mais
tempo passava e mais sangue brotava da sua perna. Suas tentativas de continuar
ganhando tempo só serviram para frustrar a besta.
O
monstro cravou suas garras profundamente na terra, possivelmente se preparando
para lançar-se. Flum se preparou para atacar.
No
entanto...
“Gwaaaaaaaaar!”
Não
se lançou adiante, como ela havia esperado, mas sim para cima.
Uma
poderosa rajada de vento passou por Flum. Ela olhou para cima para ver o anzu
voando alto no céu, suas asas batendo poderosamente.
“Esta
voando?”
Geralmente
um anzu não podia voar durante muito tempo. Em vez disso, eles usavam suas asas
para planar e para os ajudar a saltar. No entanto, podiam voar distâncias
curtas.
Flum
lutou para não perder de vista o anzu através dos ocos das árvores enquanto ele
voava pelo céu. No que considerou ser o momento adequado, atacou sua presa a
uma velocidade incrível.
Fwoooooooo!
O vento
deslocado por seu forte mergulho criou um som sinistro, que alertou a Flum
sobre o iminente golpe e permitiu que ela saísse do caminho. O anzu golpeou o
chão com uma força imensa, suas garras se cravaram no solo. A rajada de ar do
impacto expeliu uma chuva de folhas, derrubou varias árvores podres e deixou
uma enorme cratera circular no chão.
E,
no entanto, havia errado completamente seu alvo.
Depois
de escapar por pouco da zona de impacto, Flum
se lançou para trás para atacar o monstro.
Woooosh! Uma poderosa rajada de vento
saiu de onde havia estado o anzu.
“De
maneira nenhuma...”
Um
arrepio percorreu sua espinha, mas era muito tarde para parar. Ela já estava
com sua investida.
O
ataque anterior não havia sido um mero ataque aéreo, como havia pensado. O anzu
havia convocado um ataque de vento quando descia, e tão rápido como tocou o
chão, deixou escapar uma enorme rajada de ar em todas as direções.
Flum
cravou suas espada no chão e a segurou com força enquanto resistia a essa
tempestade repentina. “Gah! Pensei que eu estava de olho na sua magia, mas não
esperava por isso! Gyauuh!”
Uma
grande árvore caiu e atingiu Flum por trás. A dor que sentiu foi intensa, quase
como se suas coluna vertebras tivesse sido feita em pedaços, mas quando caiu no
chão e a árvore se separou dela, estava completamente curada.
Quando
a neblina sobre sua visão se dissipou, viu as garras do anzu passando a uma
distância de um fio de cabelo da sua cara. Flum lutou rapidamente para ficar de
pé, só para cair de novo.
SMASH!
Escutou
o som de uma árvore que se reduzia a lenha atrás dela. Se esse golpe tivesse
acertado, não ficariam nada além do que pedaços de carne... e não haveria como
voltar atrás desse estado. Havendo a experimentado uma vez, a mera ideia da
morte revirava seu estomago.
Flum
ficou de pé com dificuldade e se deu conta de que já não segurava a espada. Ela
olhou para baixo para ver que a runa traçada em sua palma estava brilhando.
Isso
era verdade... quando uma arma épica perdia contato com seu dono, imediatamente
voltava para sua dimensão paralela.
Flum
se concentrou na sua palma e voltou a chamar o Devorador de Almas.
“Você...
você sabe, r-realmente estou começando a amar... esse equipamento Épico.”
Ainda
estava recuperando o fôlego enquanto colocava ambas as mãos ao redor da
empunhadura do Devorador de Almas e enfrentava o anzu. Flum se lembrou a si
mesma que devia ter cuidado com sua magia, como também com suas muitas outras
formas de ataque. Tinha opções de curto e longo alcance disponíveis, então
seria extremamente improvável que saísse ilesa disso.
Pelo
que podia ver, só havia uma oportunidade aqui para uma lutadora novata como
ela: colocar seu próprio corpo em risco... carne, ossos e tudo.
“Minha
então no meu... bem, meu corpo.”
Negou-se
a pensar em voltar a sentir uma agonia tão incrível, mas sabia que seria curada
de quase qualquer coisa que não fosse uma ferida verdadeiramente mortal. Tudo o
que tinha que fazer era aproveitar isso.
“Realmente,
realmente odeio a dor. Mas se eu morro, Milkit também morrerá. Nesse caso,
bom... suponho que é hora de cumprir esse sonho de ser um herói, eh?”
Flum
fechou os olhos, imaginando Milkit correndo pela floresta na sua mente. Podia
sentir que suas ansiedade se dissipava, deixando para trás só essa resolução. O
calor sutil do toque de Milkit parecia encher sua palma. Sabia o que tinha que
fazer.
A
fonte da coragem de Flum era bastante simples: queria proteger a jovem que
acabou de conhecer nessa manhã. Se não fosse por ela, é possível que ela já
houvesse se rendido.
“Muito
bem, vamos fazer isso, pequena senhoria herói!”
Flum
deixou escapar um ultimo gripo para se animar antes de avançar em uma louca corrida
até o anzu. Podia escutar a espada quicando em uma rocha ocasional enquanto
fechava a brecha. O anzu, também consciente da diferença de poder entre eles,
avançou para se enfrentar seu ataque de frente. Deu um passo...
Ainda
havia bastante distância entre eles. Flum reprimiu o medo que brotava dela e
seguiu adiante.
Um
segundo passo...
Agora
estava praticamente sobre ela, mas tudo o que tinha que fazer era evitar
qualquer ataque que a matasse instantaneamente.
Um
terceiro passo... e contato.
O
anzu baixou suas enormes garras para a cabeça de Flum. Flum se agachou para sua
direito, conseguindo salvar seu crâneo do golpe esmagador. As garras ainda a
acertaram no ombro esquerdo e cortaram a carne como uma faca quente
atravessando manteiga. Pedaços do seu ombro voaram por todas as partes, expondo
o osso branco por baixo.
Sim,
sentia que todo o seu braço estava em chamas. Mas ainda era só calor... seu
cérebro não havido tido tempo de reconhecer a sensação como dor. Não
desacelerou seu passo enquanto se aproximava do anzu e cravou a espada no peito
enquanto passava correndo.
O
aço negro cortou facilmente a pele, a gordura, os músculos e inclusive os
órgãos enquanto deslizava pelo corpo do anzu.
“Nnng...
gyaaaah!”
“Graoooooor!!”
Ambos
gritaram a uníssono. Em ultima instancia, havia pouca diferença entre suas
feridas... além do fato de que as de Flum se curavam rapidamente enquanto que
as do anzu só pioravam.
Finalmente,
Flum parou corrida louca, embora seu impulso a fez deslizar um momento a mais
sobre a camada de folhas que cobria o chão da floresta. Deu a volta e mias uma
vez os dois oponentes se enfrentaram.
O
anzu estava claramente dolorido quando começou a bater suas assas uma vez mais.
Provavelmente estava a ponto de voltar a desatar seu ataque de vento... o que
antes havia feito Flum em pedaços. Seu corpo instintivamente se estremeceu ao
lembrar. Afortunadamente, seu ataque anterior parecia ter quebrado seu foco, e
esta vez estava demorando muito mais em reunir suficiente vento. Uma vez que o
fizesse, no entanto, não haveria nenhum lugar para esquivar a uma distância tão
curta.
Tentar
evitar que o anzu lançasse o feitiço significava colocar-se no alcance de suas
garras ou presas, o que provavelmente também seria um golpe fatal. Flum só
tinha uma opção real disponível para ela se esperava evitar um destino
espantoso: fazer que o anzu corresse.
Não
lhe entusiasmava muito a ideia de deixar escapar algo que a havia passar por
tal sofrimento, mas estava muito claro que o anzu já havia esgotado grande
parte da sua força. Um empurrão mais e provavelmente se renderia e sairia
correndo.
Sua
mente se acelerou em busca de uma ideia até que viu um grupo de arvores grande
a pouco distância. Não teve tempo de pensar se funcionaria ou não. Tinha que
atuar agora.
Flum
girou com tuas suas forças até o tronco da árvore mais próxima.
“Hyaaaaaaaaaaaaah!!”
THWUNK!
O
barulho do impacto da espada reverberou pela árvore, um segundo depois, o
tronco quebrou. Fibras de madeira grossas e antigas se partiram uma atrás da
outra quando a enorme árvore começou a cair.
Desafortunadamente,
não estava caindo até o anzu... em vez disso, vinha diretamente até ela.
“Raaaaaaaaaaaah!!”
Flum deixou escapar outro grito e se virou para o tronco que caia rapidamente,
desta vez com o gume achatado da sua espada..
Kawhoomp!
O
golpe lançou a árvore para o anzu, que estava perto de liberar o seu feitiço. O
enorme tronco aterrissou no tronco da criatura parecida com um leão com um
estrondo alto e húmido. As pernas do anzu cederam instantaneamente quando foi
esmagado entre o chão e a árvore.
Parecia
que provavelmente poderia se arrastar livremente, com o tempo. No entanto, Flum
não tinha nenhuma intenção de permitir que isso acontecesse.
Correu
adiante com tudo o que tinha e cravou sua espada profundamente no crâneo do
anzu. “Vem e lute de frente!!”
“Gra...
oooooor!” A lâmina cortou o osso sem esforço e penetrou profundamente no
cérebro do anzu, no entanto, ainda rugiu de dor. Claramente, isso não era o
golpe mortal que havia estado esperado.
Flum
empurrou com todas as suas forças, até que a espado ficou enterrada até a
empunhadura. Logo agarrou essa empunhadura e puxou para baixo o mais forte que
pôde, como se fosse uma alavanca.
“Nnnnnnnnggg...!”
“Grr...
rrr...”
Enquanto
escavava o cérebro do anzu, esse finalmente perdeu a consciência. A enorme
besta ficou flácida, como uma marionete com os fios cortados. Flum soltou
rapidamente a espada para evitar ser derrubada com a criatura que colapsava
enquanto se balançava para frente e para trás por um momento antes de
finalmente cair para um lado, golpeando o chão com um grande impacto que envia
uma explosão de folhas em seu rastro. A espada ainda estava firmemente
incrustada no seu crâneo.
Flum
olhou para o cadáver enquanto respirava ar fresco.
“Pensado
bem, acho que foi um desafio suficientemente difícil para minha primeira vez,
verdade?”
O
anzu ficou imóvel. Só quando estava segura de finalmente estava morto, Flum
permitiu-se relaxar. Ela estendeu os braços e caiu de costas sobre o solo
macio.
Pwumpf. A almofada de folhas estava
surpreendentemente boa, embora um pouco húmida e fria. Mas inclusive isso
passava uma boa sensação em contato com sua pele avermelhada enquanto as
batidas do seu coração lutavam para voltar ao normal. No alto, Flum vislumbrou
o céu alaranjado através da densa camada de árvores. Estava ficando tarde...
realmente precisava começar a voltar.
“Inclusive
no céu está trabalhando contra mim.” Se queixou para si mesma.
Embora
as feridas do seu corpo haviam se curado há muito tempo, ainda podia sentir uma
sensação de picada, quase como uma dor fantasma. De qualquer forma, sua roupa
estava em estado pior do que ela. Havia perdido sua capa em algum lugar, e sua
camisa branca e sua calça eram quase irreconhecíveis como roupa.
Flum
sentiu que uma profunda sensação de incerteza se apoderava dela. “Primeiro essa
estupida guilda tenta me foder, logo um enorme monstro quase me mata.... O que
vem depois?”
Realmente
não estava emocionada sobre voltar para a capital, no entanto, a ideia de
Milkit a esperando na entrada da floresta finalmente a inspirou, ao menos por
enquanto, ao deixar isso num lado junto com suas preocupações. Sentindo-se um
pouco mais motivada, Flum apoiou a parte superior do seu corpo.
“Acho
que ao menos posso estar orgulhosa de que esse idiota do Dein não se safou.”
Sem duvida estaria fora de si quando percebesse que ela havia sobrevivido não
somente a um encontro com um lobisomem, mas também com um monstro de Rank C
como o anzu.
Lentamente
Flum ficou de pé, tudo enquanto imaginava as expressões de surpresa dos homens
quando ela voltasse a guilda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário